A Ki’mbanda apresenta o AfroRock, uma mistura de rock e elementos africanos, resgatando as raízes negras do gênero. Apesar de parecer uma temática “religiosa”, o que se presencia é, na verdade, um ato de resistência cultural. A banda busca contar as histórias dos antepassados, reis, rainhas, de todas as nações africanas e sua Diáspora, incluindo o relato do povo que foi escravizado e suas consequências.

“Este projeto não é apenas uma viagem musical; é uma jornada pela diáspora africana, destacando a riqueza das tradições e ressignificando a narrativa da música preta.”, explica o vocalista Krisx.

Formada apenas por músicos pretos, traz no seu som a mistura de elementos do Candomblé, Umbanda e Afrofuturismo, unindo guitarras distorcidas com percussões, criando assim, uma sonoridade própria. O vocalista ainda ressalta que cada performance da banda é um “xirê”, uma festa espiritual para os Orixás, começando com Exú e culminando com Oxalá.

Além do resgate da cultura africana, a banda quer proporcionar a representatividade para que o povo preto possa se conhecer e se reconhecer através das músicas, ressignificando a história musical preta brasileira. É importante ressaltar que o rock também tem origens pretas, na fusão de estilos afro-americanos como rhythm and blues, country e gospel.

A Ki’mbanda é composta por Henrique Krispim (Krisx) como vocalista, Yves Remont como guitarrista, Rogério Luis (Menudo) como baixista, Marcos Guaruja e Anderson Kafe como percussionistas, e Dema Drummer na bateria. O projeto foi iniciado em 2019 por Krisx e Rogério Luís, e encontrou seu propósito como uma voz de resistência e enfrentamento necessário na luta contra o racismo em 2020, ano marcado por eventos de violência racial global.

“Afronte”, o single mais recente dessa jornada musical, foi lançado em 16 de janeiro de 2024, trazendo uma fase mais swingada ao som da banda.